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Versões Estendidas do Cinema

Atualizado: 28 de fev. de 2020

Versões estendidas, cortes do diretor e finais alternativos nos rondam à todo momento. Vez ou outra, estas versões tomam o coração dos colecionadores e se mostram superiores até às exibidas nas telonas (e telinhas), pelos fãs de homevideo. Abaixo, vamos conferir alguma das principais.


Obrigatórios

  • Senhor dos anéis

A trilogia senhor dos anéis é o primeiro nome que vem a cabeça quando a questão é versões estendidas. O sonho inicial de Peter Jackson, antes sugerido pela New line como 2 filmes, só teve sua versão complexa em home vídeo. O primeiro filme (Sociedade do anel) traz meia hora a mais com cenas que agradam, em suma, os fãs dos livros.

No entanto, é no Duas torres (com 44min a mais) que começamos a ver o quanto algumas cenas cortadas podem modificar por completo um filme. Um tom e ritmo totalmente novos são mostrados nesta versão mais concisa do filme. Mesmo os fãs mais ferrenhos do livro saíram da sala de cinema com um estranho gosto de algo incompleto.

Mas se vamos falar de versões OBRIGATÓRIAS, vamos falar de O retorno do Rei. São 49 minutos de cenas inacreditáveis de terem sido tiradas. O arauto “Boca-de-Sauron” avisando a morte do Frodo, o embate entre Gandalf e o Rei bruxo, o resultado da competição de mortes entre gimli e Legolas e (a grandiosa) morte de Saruman, são apenas alguns exemplos do que só pode ser visto nesta versão.



  • O Hobbit

A trilogia Hobbit também trouxe versões estendidas bem interessantes. O primeiro filme (Uma jornada inesperada) pode ser até passável, já que de relevante há apenas uma cena de 8 segundos (você não leu errado, oito segundos) entre o Bilbo, ainda criança, conhecendo o grande mago Gandalf. Mas ao avançarmos para A desolação de Smaug... A conversa é outra.

Uma clássica cena do livro de J.R.R Tolkien onde Bilbo apresenta os anões a Beorn é mostrada de forma fiel e cômica na versão estendida. Além desta, uma grande cena de ilusões psicodélicas na floresta amaldiçoada, e o encontro entre Gandalf e o pai do anão Thorin Escudo-de-Carvalho, recheiam esta edição.

Mas Peter Jackson parecia realmente estar afim de repetir a ordem da trilogia anterior e trouxe uma versão OBRIGATÓRIA ao home vídeo estendido do terceiro e último filme. A batalha dos cinco tem toda sua magnitude repaginada com os acréscimos primorosos do grande Dain pé-de-ferro, em cenas de aplaudir em pé. Além do funeral de Thorin e um aprofundamento dos personagens nos momentos de suspiro da batalha, trazendo um ritmo mais interessante.


  • Exterminador do Futuro 2, Aliens e James Cameron

O melhor filme de ação já feito até hoje (exterminador do futuro), traz 15 minutos a mais com explicações CRUCIAIS do filme, que não justificam seu corte. A mudança repentina de comportamento de um robô que era imutável e rígido no primeiro filme tem, não só uma explicação, mas um desenvolvimento primoroso nesses singelos 15 minutos adicionais que merecem ser vistos.

Mas esta não foi a primeira vacilada de cortes sofridos pelo simpático James Cameron. Em Aliens – o resgate, a relação maternal entre as sobreviventes Ripley e Newt é forçada, porém camuflada, em meio a uma ação espacial admirável. Porém, com 16 minutos extras, a versão do diretor traz toda a revelação do destino da filha verdadeira de Ripley e da família de Newt no planeta dos Xenomorfos, o que traz um elo mais crível e cativante, realçando a urgência da ação.

Uma menção honrosa a mais 2 obras cortadas de Cameron se fazem necessárias, mesmo que não tão facilmente encontradas. Titanic teve até hoje 29 cenas deletadas divulgadas por Cameron na edição especial de home vídeo, que não só acrescentam um desenvolvimento melhor para os personagens, do que algumas cenas presentes no filme, mas justifica uma série de citações a cerca da canção de "Josephine", cantada por Rose em meio ao mar gelado. Infelizmente, nunca foi lançada uma versão oficial com estas cenas inclusas, mas uma série de fãs divulgam edições “piratas”.

Por fim, a obra-prima (em questão de bilheteria) do senhor Cameron, Avatar. Este clássico moderno recebeu um tratamento especial em home vídeo com cerca de 16 minutos adicionais em sua duração com muito mais dos Na’vis e de Pandora. Porém, cerca de novos 45 minutos de material não foi finalizado por Cameron, que já havia decidido o que iria ficar ou não.

PS: Os demais 3 filmes da série "exterminador do futuro", e os igualmente 3 "alien" possuem versões estendidas/corte do diretor bastante interessantes.


  • Superman 2 – A aventura continua (a Richard Donner’s cut)

Gravados de forma simultânea, os primeiros filmes (coloridos) do  maior super-herói do mundo, foram lançados com 3 anos de diferença, mas uma diferença crucial em sua edição. O primeiro filme, dirigido por Richard Donner, trazia uma versão nova e totalmente pessoal do diretor, o que preocupava bastante os grandes investidores do estúdio. No entanto, o filme foi um sucesso absoluto. O que fazemos? Mantemos a fórmula? Não. Mudamos para tentar ganhar mais.

Donner assim foi retirado de seu próprio projeto, dando espaço para Richard Lester refilmar quase tudo, deixando o filme mais cômico, simples e principalmente infantil. O sucesso de bilheteria seguiu alto, mas não tanto quanto o de crítica, e a visão de Donner permaneceu oculta durante 26 anos.

Em 2006, um filme totalmente diferente nos foi apresentado, com cenas novas do imortal Marlon Brando de volta ao papel de Jor-el, e uma trama mais séria e melhor ritmada, seguindo finalmente o clima de aventura e heroísmo do primeiro filme.


  • Blade runner e as 7 Versões

Não 1, ou 2, mas 7 versões deste clássico Cult de Riddley Scott foram feitas durante 25 anos, incluindo: versão internacional, versão americana, do diretor, estendida, definitiva e assim por diante. Mas, dentre todas as inúmeras mudanças feitas (como aumento de nudez, violência, narração em off e final feliz), apenas as realizadas em 2 destas versões são apreciadas pela horda de velhos e novos fãs. A versão do diretor e o corte final de 2007, trazem o desfecho em aberto, o unicórnio, a ausência de narração, e uma remasterização digna da obra.


  • Quase famosos


36 minutos a mais e exatas 100 cenas com perspectivas alternativas escolhidas pelo diretor Cameron Crowe. Não há tantas cenas completas que realmente mudam a experiência, mas quando analisado como um todo, esta nova perspectiva traz um novo e melhorado filme com essa incrível Road trip rock n roll.


  • Poderoso chefão

A versão "novela" do Poderoso chefão, não só põe a saga dos mafiosos Corleoni em ordem cronológica, como expõe melhor a influência e grandiosidade de Vitto, adaptando mais fielmente o livro de Mario Puzo. Lançada diretamente para TV, a versão simplesmente traz cenas inéditas de dois dos maiores filmes do mundo. Precisa de desculpa melhor do que esta para assistir?


  • Amor a queima roupa

Um filme espetacular e pouquíssimo visto. Um dos primeiros roteiros escritos por Quentin Tarantino e vendido à Oliver Stone, para financiar o clássico "Cães de Aluguel", surge com 2 versões distintas e igualmente interessantes.

A versão estendida -  Um alongamento da road trip deste casal insano, com novas participações e ainda mais violência.

Versão do diretor – Além de algumas inserções e novos ângulos, seu maior charme é o final alternativo, que justifica de forma mais coerente o clima tarantinesco do filme.

  • Exorcista


Valeria já, somente pela cena da descida invertida pela escada. Mas a série de diálogos novos, final estendido e mensagens subliminares torna essa edição totalmente obrigatória para qualquer fã de terror. Os 11 minutos extra foram perfeitamente remasterizados e complementam de forma justa a triste história de Regan McNeil.


  • Rambo (2008)

Toda versão do diretor já deveria ser obrigatória por mostrar a visão original do criador. Rambo IV não fica de fora e, mesmo a versão de cinema tendo sido feito pelo Sly (Diretor, roteirista e protagonista da sequência), esta, expõe de forma mais completa o que ele quis contar nesta última aventura (até agora) de John Rambo contra os terroristas, em mais de 10 cenas trocadas e 44 cortes alternativos.


  •  O auto da compadecida

Talvez o filme nacional mais clássico de todos os tempos. A obra máxima de Guel Arraes, em sua brilhante adaptação do texto de Ariano Suassuna, foi inicialmente editada para a TV Globo, em forma de minissérie. Sendo cortados mais de 40 minutos de filme para encaixar nas sessões de cinema estabelecidas pela Ancine, a versão completa deste espetáculo audiovisual pode ser facilmente encontrada hoje em dia, com novas e divertidas situações de Chicó e João Grilo.


Filmes Ruins "Melhorados"

  • Sucker Punch

Uma trama melhor explicada e justificada pela visão completa de Zack Snyder. Toda a trama do Manicômio e demais questionamentos do corte de cinema são sanados nessa versão. Não deixa o filme bom, mas melhora. E agrada ainda aqueles que se divertiram na versão original.


  • Demolidor – O homem sem medo

Por mais que eu realmente goste deste filme, aceito seus inúmeros defeitos. Porém, boa parte é corrigida ou camuflada numa versão do diretor que muito acrescenta em relação a desenvolvimento dos personagens, e a ação. Mais fiel ao texto de Miller, a nova edição valoriza os pontos altos desta obra tão esculachada pela crítica.

  • Troia

Novamente um filme, a meu ver, mal compreendido por sua proposta de nova versão para o clássico conto helenístico. Mas, muito do que foi criticado na época é melhorado em grandes níveis nesta versão com 32 minutos a mais, mesclados em uma nova montagem. Trazendo nudez, mais violência, mais mitologia, e cenas vistas pela visão de um cachorro que andava pelo mundo antigo, o corte é indispensável para quem gostou e para quem não gostou do filme.

  • Eu sou a lenda

Apesar de a versão estendida ter apenas 3 minutos a mais, com pouco a acrescentar de fato, o que o torna obrigatória é o final alternativo, que deixa toda a história mais justificada e próxima da contada no livro homônimo que originou o filme.

  • Alien 3

Cenas filmadas escondida por Fincher com Sigourney Weaver, trazem uma nova versão da trama com uma diferença na origem da nova mutação do xenomorfo, atualização dos efeitos e uma limpada nas cenas que hoje seriam vistas como “datadas”.

  • Alexandre, o Grande

Versão de Cinema (175min) – uma edição linear, alternada entre os dramas pessoais (dando uma forte sugestão da bissexualidade do protagonista) e momentos de luta épicos.

Versão do diretor (167min) - corte das cenas que sugerem a bissexualidade e remontagem das cenas de forma não-linear e dinâmica. Acréscimo de cenas ignoradas para preencher o grande número de cenas retiradas, trazendo uma maior profundidade na relação entre Alexandre e sua mãe.

Corte final (214min) – a maior e mais completa edição, trazendo agora uma certeza na bissexualidade de Alexandre e um grande desenvolvimento ao redor de todos os embates, contendo todas as cenas usadas em todas as versões.

Versão definitiva (206min) – prometida como a última versão do filme, esta é a versão final do diretor Oliver Stone após uma série de testes com as demais versões.


  • Quarteto Fantástico (2005)

Talvez seja obrigatória apenas para fãs do filme (como eu), pois não acrescenta nada que mude o tom e o espírito do filme. Porém, os 20 minutos a mais trazem uma hilária referencia ao Wolverine, mais cenas cômicas do tocha-humana, um primeiro beijo de Sue e Reed no cinema e um grande aprofundamento da relação romântica do coisa.


Versões que ficaram boas, mas longas demais

  • Batman v Superman: A origem da justiça

Melhor explicada a rixa dos heróis com uma trama jornalista mais complexa, trazendo maior clareza ao plano do vilão e a busca por aqueles em sua volta. Porém, a trama arrastada que adia de forma cansativa a luta clímax que o público anseia, é acentuada nesta versão, que não acrescenta dinamismo ou ação a este polêmico filme de heróis.

  • Watchmen

Versão do diretor - Cenas que mais se aproximam da obra de Alan Moore, com mais lutas, diálogos, reflexões e até mesmo mais personagens. Um show para os fãs da HQ, e um melhor entendimento para quem veio direto ao filme.

Ultimate – Vale pela curiosidade. A adição dos contos do Carneiro negro são uma grande e inesperada adaptação da HQ, deixando-a ainda mais literal. Pode ser vista separada, mas sua inserção em meio ao filme funciona tão bem quanto na HQ.

  • Cruzadas

Cerca de 50 minutos a mais trazendo um filme extremamente mais complexo e imersivo. No entanto, mesmo esta grande epopeia histórica se torna cansativa após a terceira hora de duração.

  • King Kong de Peter Jackson

Quase obrigatória pois acrescenta lutas com monstros gigantes e dinossauros (e isso é sempre bom). Mas, aumenta a duração de um filme que já pecava pelo cansaço, ao contrário da saga da terra-média, feita anteriormente por Peter Jackson.

  • Apocalipse Now

Versão de Cinema (153min) – O clássico de Guerra do premiado Francis Ford Coppola, que chocou o público com o questionamento do efeito da guerra no ser humano.

Redux (202min) – uma reedição comemorativa, inserindo cerca de 50 minutos de cenas de guerra e diálogos entre os soldados do Vietnã, mas deixando este clássico com ritmo oitentista, ainda mais lento.

Preliminar (289min) – uma suposta versão pirata divulgada na internet, adicionando todas as cenas liberadas por Coppola no decorrer dos anos.


Menções Honrosa


  • X-men: dias de um futuro esquecido, versão vampira (+17min)

  • Amadeus (+19min)

  • Gladiador (+16min)

  • Homem-Aranha 2.1 (+8min)




Dispensáveis - Fuja delas

  • Donnie darko

  • Alien, o oitavo passageiro

  • Esquadrão Suicida (fuja também do filme original)

  • Lanterna Verde. (idem)


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