La casa de los imortales – Parte 2
- Pipoca de Pedra
- 3 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de fev. de 2020
A segunda parte da produção Espanhola, chega à Netflix repetindo os erros da primeira.
Após quase 11h de série temos o primeiro nome no caderno de óbito, de um personagem que sobreviveu de forma totalmente irrelevante na parte anterior. A diferença entre ele ter morrido na fuga e ter sido sacrificado horas depois, se comprova nula, e totalmente gratuita. A série de acasos também não fica atrás, quando a única prova que o grande professor deixou passar, é recolhida por um homem que lhe oferece carona. Mais uma vez vemos os planos desse personagem “genial” caindo por terra, enquanto o acaso e o destino o perseguem para ajudá-lo. Enfim, este começa a adimitir o quanto é sortudo. Ainda mais quando sua identidade é descoberta e nossa investigadora prefere levá-lo sozinha para uma casa abandonada, do que diretamente para a delagacia, onde tudo teria fim. As grandes e promissoras viradas de trama continuam se mostrando ciclicas, não levando a nada e retornando ao ponto de partida. O comando retirado de Berlim e passado ao “matriarcado de Nairóbi” mostra um exemplo de enrolação e encheção de linguiça que não desencadeou consequência alguma. Tóquio continua provando a redoma de imortalidade após ima saraivada de tiros que a faz sair ilesa, mostrando mais uma vez que a belíssima fotografia e cenas de ação muito bem dirigidas podem maquiar e esconder um roteiro instável.
Ao fim, no último episódio, o final do assalto deixa um gosto agridoce ma boca do espectador mais atento. Se por um lado temos a felicidade da bela rima narrativa causada pela cena do carregador de celular, por outro, a virada de trama aguardada desde o primeiro episódio mostra-se apenas um sonho longínquo daqueles mais otimistas. No lugar, temos a realização concreta do plano dos túneis (ditada no episódio piloto), mostrando não haver surpresas ou novidades, e que estes 25 episódios serviram apenas para presenciar-se um final predito e previsível. Com isto, o clima de “história real” que a série passa com qualidade, acaba se virando contra ela mesmo, trazendo um roteiro que teme em se arriscar. Uma trama longa e esticada, de uma história que poderia ter sido um filme de 2h, inicia com cheiro de Breaking Bad e Death Note, mas acaba com gosto de Velozes e furiosos, e uma grande brecha de retorno para a equipe usando suas qualidades como anti-heróis. Assim como Tóquio, Rio, Denver, Oslo, Helsinque, Berlim, Nairóbi e o Professor enrolaram a população e a polícia, roubando seu tempo e dinheiro, Alex Piña fez o mesmo com seus espectadores, mostrando que a vida imita a arte.
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