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Capitã Marvel – Sutileza e Representividade

Atualizado: 28 de fev. de 2020

"Eu lutei até agora em desvantagem. O que vai acontecer quando eu finalmente me libertar?"

Como esquecer da cena pós crédito que fez o cinema ir a baixo em abril de 2018? Com alguns minutos após o soco no estômago que foi Guerra Infinita, tirávamos as mãos da boca em choque para aplaudir a mensagem de que a Capitã Carol "Marvel" Denvers estava vindo. E como se não bastasse, a estréia oficial de uma super heroína da casa das idéias, viria pelas mãos da vencedora do óscar Brie Larson (quarto de Jack e Superbad). Passado um ano e cá estamos de volta. Com camisetas vermelha, azul e douradas olhando para mais uma história de origem na já conhecida e amada fórmula do Marvel Studios. No entanto, apesar desta característica ser apontada constantemente como um defeito pejorativo e que acentua uma vindour saturação do gênero, em Capitã Marvel vemos um sutil aperfeiçoamento desta característica. A boa trilha sonora, as referências e nostalgias hora sutis, hora celebrativas e uma ação mais limpa e imersiva, marcam este filme moderno de ares noventistas. E não digo noventista pelas referências à blockbuster e internet discada, ou a clássicos da época como "Come as you are" que tocam durante o longa. Mas ares de um filme onde os atores estão claramente se divertindo, onde a montagem é mais seca e a introdução sem desnecessárias auto-explicações. As frases de efeito mais clichês e dramáticas e os personagens ditados em simples preto e branco, montam um filme clássico perdido no tempo, e que mais facilmente será marcado nas mentes mais jovens. Obviamente nem tudo são flores. Com atuações e direção que às vezes deixam um pouco à desejar, o filme se sustenta (muito bem por sinal) no imenso carisma contagiante da protagonista e em sua química admirável com Sammuel L. Jackson. Com algumas decisões duras, o filme opta por tirar tempo de tela de alguns personagens cujo desfecho já é de conhecimento público. Porém, parte desse tempo acaba não sendo aproveitado para criar o background de personagens centrais da trama. Importâncias grandiosas são dadas a nomes que ficam por pura lenda, já que não nos é passado em cenas ou diálogos o que as tornou tão grande. Sem mais delongas, o filme entrega o prometido, e a acalenta um aguardado reencontro de amigos em abril. Nossa capitã se diverte em batalha, e se vista de coração aberto, pode passar uma empolgação ao espectador que terá suas mãos queimando e o cabelo aos ares. Com caretas e risos, o filme se levanta em seu por simples para direcionar melhor uma mensagem clara, direta e gostosa de se assistir. Meninos (e dcnautas) podem chorar. Pois mais alto, mais distante e mais alto, a origem da heroína mais poderosa da Marvel vai perdurar no imaginário por bastante tempo, e seguir como molde para uma representividade tardia, porém precisa e bem executada. Que venha tempestade, Miss Marvel, Poderosa e até mesmo garota esquilo. Nesta semana do dia Internacional da mulher, que todas as idades possam olhar para cima e se sentir heroínas.

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