O Adeus à Stan Lee
- Pipoca de Pedra
- 3 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de fev. de 2020
Talvez seja um sistema de defesa automático contra fake news, ou simples sentimento de negação que antecede ao luto. Mas na tarde desta triste segunda-feira, a comunidade nerd do mundo inteiro se negava a acreditar em uma nota soltada pelo portal TMZ. Stan "The Man" Lee, o homem que havia despertado o super herói que há dentro de cada um de nós, havia falecido aos 95 anos. Talvez uma das mudanças mais proveitosas à cultura pop nesta nova era de tecnologia seja a possibilidade de ver e conhecer os rostos por trás das coisas que tanto amamos. Em tempos mais remotos, não haveria tanta comoção e idolatria por Steve Jobs ou George Lucas, e aquele velhinho de bigode grisalhos que sempre aparece nos filmes de super-heróis, não passaria de um mero coadjuvante.
Stanley Martin Liebert era um novaiorquino de sangue, filho de um pobre casal de judeus refugiados. Stan Lee, como logo começou a assinar em suas publicações, começou a escrever aos 15 anos. Seus textos eufóricos e cativantes o levaram direto à Timely Comics, empresa que mais tarde seria batizada por ele como MARVEL. Lee conheceu a guerra, e escreveu sobre ela. Teve de lidar com crises, repressões, censuras, mas sempre se adaptava e mostrava que a criatividade pode, e deve, surgir nos momentos mais difíceis. Ele dizia, em sua revista mais querida, que com grandes poderes vem grandes responsabilidades. E talvez estes sejam os mais dignos adjetivos que podem ser impregados a ele: Poderoso, e responsável.
O escritor, editor, publicitário, empresário, diretor, produtor... Uffa. O quadrinista, Stan Lee sem dúvida alguma deixou sua marca numa parcela incalculável de pessoas de qualquer gênero, idade ou credo. Não apenas por suas criações como: quarteto fantástico, hulk, homem-aranha, x-men e tanto quanto. Mas por ter desafiado e vencido o código autoritário dos quadrinhos.
Por ter dado o primeiro passo para tornar aquele bobo entretenimento de crianças e soldados, numa arte respeitável e glorificada.
Stan Lee será sempre lembrado por sua humildade em estar o mais próximo possível de seus fãs, mesmo quando isso lhe feria a saúde. Por ter antigido, ao contrário de outros grandes artistas, seu auge ainda em vida. E como os demais, ele será para sempre imortal em sua arte. Sem mais delongas, Stan Lee, não nos deixamos um adeus recheado de choros e lamentações. Mas como o senhor mesmo nos ensinou, excelsior.
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