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Especial Coringa 1 - A Criação e as Melhores Histórias do Personagem nas HQs

Atualizado: 28 de fev. de 2020

O joker, coringa, o palhaço. O grande príncipe dos crimes de Gotham retorna ao cinema mais uma vez, com toda sua pantomima de armas, maquiagens e loucuras. Para celebrar seus 79 anos de histórias, e preparar para o que Joaquin Phoenix e Todd Phillips nos trarão, este Especial Coringa trará um grande aquecimento para o filme solo em 4 partes. Nesta primeira, iremos conversar um pouco sobre a criação do personagem nas HQs e algumas das melhores histórias em que o palhaço do crime aparece.

Coringa, por Alex Ross


O grande arqui-inimigo do Batman, surgiu para ditar toda a gama de vilões que atormentariam o morcegão, desde 1940. Assim como os vilões do Superman são grandes mentes de inteligência para combater sua força, aqueles que enfrentariam o homem de maior preparo no mundo deveriam ser completamente loucos e imprevisíveis (tanto é que Batman é o único herói que não manda seus vilões para a cadeia, e sim para um sanatório).


Várias mãos foram necessárias para criar o Arlequim do ódio conhecido como Coringa. Com conceitos do quadrinista Jerry Robinson, o palhaço do crime foi moldado por Bob Kane e Bill Finger (criadores do batman no ano anterior), com base nas feições e trejeitos do ator Conrad Veidt, mais especificamente no filme O homem que ri de 1928.


Conrad Veidt em O Homem que ri (1928) e Coringa em Batman #1 (1940)


Logo em sua primeira aparição (Batman #1 de 1940), o Coringa era um sádico assassino de inocentes na cidade de Gotham, o que chocou grande parte do editorial da National Allied (editora que viria a se tornar a DC). Dois anos mais tarde, foi imposto um acordo onde os vilões que assassinassem poderiam aparecer apenas uma vez nas HQs, para não tornar este hábito recorrente. Isso ocasionou em uma diminuição nas aparições do palhaço, que quase veio a sofrer uma morte na cadeira elétrica (Detective Comics #69), mas prefeririam salvá-lo e retornar com uma versão mais leve do personagem.


Com o coringa mais bobo e divertido nos quadrinhos, isso vinha sendo refletido na série de TV da época, que falaremos mais à frente. Somente em 1973, Dennis O’Neil e Neal Adams retornariam o palhaço do crime sádico e psicopata, que tem por objetivo principal enlouquecer o homem-morcego. Sua popularidade cresceu ao ponto de em 1975 o vilão ter uma revista própria, onde articulava seus piores crimes como protagonista. Isso abriu caminhos para em 1988 ser lançado o clássico absoluto do personagem: A Piada Mortal.


Capa polêmica de Batgirl #41 pelo brasileiro Rafael Albuquerque


Tida como a melhor história já contada sobre o vilão, a HQ explora a doentia relação de coexistência entre o Batman e o Coringa. Constantemente é batida a tecla de que um existe em prol do outro. Em A Piada Mortal, foi por influência do Batman que Jack, um comediante falido, caiu no tanque de produtos químicos que o transformou no Coringa. Já em releituras do cinema, o Coringa estaria estritamente ligado ao assassinato dos Wayne que despertou o homem-morcego.


Assim, a complexidade desta dualidade abria espaço para inúmeros clássicos das HQs. O Coringa tem grande participação no arco final do Cavaleiro das Trevas, em um confronto final épico; foi o grande responsável pela morte do Robin Jason Todd em Morte em Família; E acabou por deixar a batgirl Barbara Gordon paraplégica na já citada Piada Mortal.


Porém, saindo um pouco dos clássicos, outros grandes momentos permeiam a cruzada de crimes do Coringa nas HQs. O Homem que ri traz uma nova roupagem para a primeira aparição do personagem em 1940, atualizando toda a crueldade do vilão matando por puro sadismo, e toda a inspiração no filme homônimo de 1928. Em A Morte da Família, um Coringa completamente desfigurado consegue invadir a batcaverna e atacar todos aqueles que em algum momento ajudaram o Batman em sua jornada heroica, quebrando o homem-morcego por dentro.


Coringa mata Jason Todd com um pé de cabra

Em 2008, junto ao lançamento do filme O Cavaleiro das trevas, Brian Azzarelo e Lee Bermejo traziam Joker, HQ que acompanha a visão de um dos capangas do Coringa em seu doentio cotidiano, durante uma vingança bastante pessoal. Inspirando desde a visão do personagem encarnado por Heath Ledger, até a série The Wire da HBO, o Coringa de Gotham GCPD no arco Alvos Fáceis, traz uma visão da polícia de Gotham City tendo de lidar com o palhaço do crime quando o Batman não está na cidade.

Por fim, fechando o arco de discussão iniciado em Piada Mortal, Asilo Arkham traz o homem morcego preso no sanatório onde destina seus maiores inimigos, sendo constantemente atormentado pelo Coringa como se fosse a voz de sua consciência. Aqui, novamente é explorada a forma como os dois se completam, e como a insanidade de ambos pode ser equivalente em diferentes níveis,

Quais outras histórias icônicas do Coringa ficaram de fora? Comente e não esqueça de seguir o Especial Coringa em aquecimento para o novo filme!


Coringa por Dave McKean em Asilo Arkham

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